O boletim informativo da semana passada continha um anúncio sobre o UnReal Milk da Brown Food, leite de vaca integral feito em laboratório. Pode ser instrutivo rever o status da carne de origem vegetal.
Quando introduzida, a carne vegetal foi vista como um grande disruptor da indústria da carne. As empresas alegaram que ela substituiria a proteína animal em um futuro não muito distante ¬ uma grande ameaça às indústrias de gado e aves. A BeyondMeat abriu o capital em 2019 e logo atingiu uma alta de $239. As vendas de substitutos de carne vegetal subiram para $1,3 bilhão em 2020, com previsões de atingir $10 bilhões ou mesmo $20 bilhões em alguns anos. Não foi bem assim. As vendas da categoria estão despencando e hoje provavelmente estão abaixo de $500 milhões. As ações da BeyondMeat oscilam em torno de $3. Muitos analistas de ações pararam de cobrir a empresa e o setor.
O que aconteceu? Acontece que custa muito mais para fabricar carne vegetal do que produzir carne bovina, suína e de frango. Carne não cárnea também criou complicações para restaurantes de fast food devido à necessidade de inventariar e servir uma linha completamente diferente e adicional de produtos de hambúrguer e nuggets. E carne substituta realmente não é mais saudável. A proteína é de menor qualidade, os produtos são mais ricos em sódio e as calorias são semelhantes. Talvez ainda mais importante, os fabricantes não conseguiram igualar o umami, ou sabor, da carne. Então os produtos são praticamente relegados aos segmentos veganos e vegetarianos do mercado, que são minúsculos. Consequentemente, a indústria de saúde animal não precisa se preocupar com o declínio da produção de gado, suínos e frango, afinal.
John Volk
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