Parece que hoje em dia é impossível dar um passo sem se deparar com alguma informação ou opinião sobre IA – inteligência artificial. A edição da próxima semana de Economista (Publicado hoje) traz uma matéria de capa sobre o risco para a economia global caso haja uma grande correção nos preços das ações de empresas de inteligência artificial, devido aos seus "preços estratosféricos". "Seria uma das implosões financeiras mais previstas da história", segundo... Economista.Depois, há o debate sobre se a IA vai tirar empregos dos humanos ou se vai torná-los mais produtivos. Ou ambos.
A inteligência artificial está migrando para a profissão veterinária de inúmeras maneiras. Ela já está bem estabelecida em registros médicos – convertendo conversas gravadas de exames em anotações médicas, uma grande economia de tempo. Está sendo incorporada aos PIMS, os sistemas informatizados usados por veterinários, para gerar dados de gestão mais completos e precisos. Tecnologias assistidas por IA estão sendo desenvolvidas para interpretar radiografias ou prepará-las para que os veterinários possam fazer diagnósticos melhores e mais rápidos. Existem outras ferramentas de diagnóstico baseadas em IA. E uma empresa chegou a anunciar uma ferramenta de IA capaz de prever a probabilidade de doenças caninas com até 6 anos de antecedência, usando exames clínicos, ambiente, raça e estilo de vida do cão. Um dos principais benefícios, segundo a empresa, é a possibilidade de “ajustar planos de tratamento, exercícios ou dietas” para minimizar o risco. Parece o que há de mais moderno em medicina preventiva.
Independentemente de como a IA evoluir na medicina veterinária, aposto que ela desempenhará um papel muito maior em ajudar os veterinários a tomar decisões melhores e mais rápidas do que em tomar as decisões por eles. Enquanto isso, parece prudente não sobrecarregar seu portfólio com ações de empresas de IA, por precaução.
John Volk